domingo, 16 de setembro de 2007

O mistério da castátrofe de Tunguska

TunguskaTronco
Como os Ewenkos se negavam a lhe mostrar a região da catástrofe, Kulik dirigiu-se por conta própria, após a realização das inquirições, a região para procurar a cratera meteorítica e o esperado ferro meteorítico. Naquela época não havia disponíveis na região de Tunguska aviões ou balões para a pesquisa aérea da área. Por isso Kulik descobriu o epicentro apenas pouco antes do outono.

De um lado se lhe apresentou uma visão fantasmagórica. Até o perder da vista a floresta estava caída. Como Mikados os troncos estavam dispostos no chão de acordo com uma estranha disposição espiral. Entre estes havia pequenas ilhas nas quais a vegetação ficou preservada incólume. Outras manchas havia onde as árvores ficaram em pé como postes de luz, mas sem galhos.

Outras áreas foram afetadas por incêndios florestais, nos quais as árvores que sobraram mostravam queimaduras em apenas uma direção. Estranhamente estas direções não seguiam uma estrutura uniforme. Kulik estava perturbado. Ao invés da esperada cratera meteorítica mostrou-se-lhe um cenário que não parecia ter lógica. Além disso o inverno se aproximava e ele teve que deixar a região.

A evolução das coisas entretanto deveria ser diferente. Em
1941 a Alemanha invadiu a União Soviética e Kulik foi preso pelos alemães durante a defesa de Moscou. No inverno posterior Kulik veio a falecer, ainda preso. O grande mérito de Leonid Kulik está em ter levantado outra vez a questão de Tunguska no ano de 1927
e ter salvo a mesma do esquecimento certo.

Foi seu merecimento o registro de dados importantes, fotos, fontes e relatos de testemunhas oculares, a descoberta do epicentro da catástrofe de Tunguska e que os levantamentos aéreos por ele determinados nos dão, hoje, uma dimensão exata e também a possibilidade de calcular as destruições daquela época.

Continua

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