sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Porque os Ufólogos na verdade não sabem...02

Porque, do ponto de vista estritamente científico, sua "prática" não pode ser enquadrada como uma "Ciência". Ela é tão somente uma frente de investigação contra o ocultamento de certos fatos por parte de setores governamentais — com a anuência de outros setores a quem também este ocultamento interessa política e ideologicamente — e que não só pode como deve valer-se das mais diversas disciplinas científicas para fazer suas provas e fundamentar sua denúncia perante a academia, a sociedade civil organizada e a opinião pública em geral.

A Ufologia, de uma certa forma, é uma investigação do gênero policial, tal e qual as investigações levadas a efeito pelos movimentos ambientalistas, por exemplo, em relação ao verdadeiro estado das condições do sistema que mantém a vida na Terra.
A Ufologia deve ser, porque de fato é o que ela é, um movimento internacional contra o boicote extra-oficial ou oficioso em relação à presença de alienígenas na Terra e sua estreita relação com as nossas próprias origens e processo evolutivo em curso.

Por que a atividade ambientalista não sai por aí exigindo ser aceita como uma ciência? Porque não é! Uma simples visita aos cânones da metodologia Científica e da Epistemologia jogaria por terra essa pretensão, no meu entender marcada, sim, mais por questões egóicas do que por qualquer outra coisa.

A comunidade UFOlógica internacional deve ser, sim, mais uma rede de combativas "ONG's" nos fóruns internacionais por um mundo melhor para todos, no caso voltada para que a sociedade civil possa ter acesso a informações que lhe são — e lhe tem sido há muito tempo — criminosamente negadas por conta dos interesses que certamente poderiam ser contrariados caso tais informações viessem à tona.

A relação entre o poder constituído ou socialmente reconhecido e as inteligências que estão por trás do dito fenômeno UFO é tão antiga quanto a presença na Terra dessa nossa fração da humanidade cósmica. Outro elemento com graves implicações em relação à pretensão da Ufologia ser uma "ciência" é a natureza do objeto de seu interesse.

O "outro lado", o lado que buscamos enquadrar como objeto de nossa "Ciência", não é passivo em relação a essa pretendida investigação. Estamos lidando com inteligências, culturas e civilizações em geral muito avançadas, que interagem conosco numa escala ainda inimaginável, e que continuará sendo inimaginável se nosso orgulho e nossa vaidade continuarem nesse nível de obtusidade ou obscurantismo, por sinal bastante interessante e "útil" para os setores que promovem e financiam o acobertamento.

Nossa cosmogonia só não é mais míope em relação à verdadeira natureza da realidade, da vida, da consciência e da evolução porque o pensamento e a prática científicas não chegou ao povo. Nos meios populares há mais sabedoria e conhecimento do que se imagina e é graças a esse fato que ainda estamos vivos, navegando entre as estrelas do céu.

Pergunto: será tão difícil assim admitir que o outro lado quer sim um diálogo, como gente que são, e não metodologias investigativas plenas de falsos, equivocados e presunçosos pressupostos cosmogônicos? Acreditem: o "fenômeno" não se comporta e nem se comportará como querem os Ufólogos.

Mas o que mais me "assombra" é o interesse em fazer da Ufologia uma ciência admitida na academia para estudar um fenômeno que por si mesmo, pelas simples evidências que encerra, contraria toda a Ciência, as verdades, as crenças e a cultura terrestre estabelecida.

Sendo assim, me parecem até mais sadias, em termos psicológicos, do que a Ufologia "científica" aquelas correntes puramente místicas ligadas ou atreladas ao fenômeno. No meu entender precisamos construir um movimento político internacional capaz de forçar as ditas autoridades responsáveis pelo boicote ao direito social pela informação que vem sendo "tratada" injustificadamente, do que ficarmos tentando suprir a comunidade, a um custo impraticável para nós, com informações às quais ela tem direito simplesmente porque paga impostos e elege seus dirigentes.
Luiz Gonzaga Scortecci de Paula

Continua

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